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  • neurohugocarvalho

as neurociências aplicadas ao consumo


De acordo com a evidência, podemos mesmo afirmar, que não há consumo sem que estudemos/ analisemos o mercado, os consumidores.

Os estudos para o mercado colaboraram com as ciências sociais e humanas, desde a sociologia, à economia, passando pela psicologia.

Neste sentido, e de acordo com os avanços metodológicos e tecnológicos, hoje vivemos com recursos a métodos e técnicas de análise de mercado e consumo, com elevada eficácia e eficiência, desde as técnicas subjectivas (questionários e analise de opinião) até, graças aos avanços tecnológicos, às técnicas objectivas (técnicas vindas das áreas da saúde), que nos permitem recolha de dados relativos ao sistema nervoso central e periférico.

Se nas primeiras (técnicas subjectivas) podemos correr o risco de haver erros (parasitas) nos dados, pelo que a opinião humana poderá vir com tentativa de enganos e mentira ou até falsas memórias, já as últimas (técnicas objectivas) trazem ao campo dos estudos de consumo um despiste destas variáveis.

Porque sabemos que todos os relatos neurofisiológicos, podem ser recolhidos, medidos a fim de extrair padrões, desta forma, centramo-nos nas técnicas objectivas de recolha de dados relativas ao sistema nervoso,assim, contamos com recuso à electroencefalografia (EEG) que nos permite recolher dados da actividade eléctrica cortical (extremidade) cerebral, à electrocardiografia (actividade cardiovascular), à electromiografia (actividade eléctrica muscular), à electrocondutividade da pele (actividade eléctrica da pele recolhida em pontos do corpo com actividades nervosa) nomeadamente nos dedos, eyetraking (monitorização da movimentação dos olhos, com análise da dilatação da pupila ocular) , ressonância magnética multifuncional (análise da actividade cerebral relativamente à concentração de oxigénio nas diferentes partes do cérebro) neste caso, esta técnica permite-nos verificar a actividade subcortical (interior do cérebro) entre outras, que após análise e interpretação nos permitem analisar comportamentos.

Assim sendo, a recolha individual de dados relativamente a cada uma destas tecnologias, tanto de acordo com a nossa opinião como com a opinião da sociedade cientifica, assim como temos verificado nas nossas investigações e estudos, que, pouca fiabilidade tem para conclusões profundas numa análise de consumo, contudo, hoje trabalhamos na sincronização destes dados, adquiridos pelas diversas técnicas, em tempo real, possibilitando assim, recolher organizadamente e com rigor temporal, os dados neurofisológicos de consumidores relativamente a produtos e soluções.

Mas porque falamos do cérebro humano, este o órgão misterioso e inexplorado pela ciência, acreditamos, que estamos no caminho de conseguirmos mapea-lo e cartografa-lo assim como o sistema nervoso humano no que toca a comportamentos de consumo e ao processo de tomada de decisão.

Assim, esta tomada de decisão, de acordo com a ciência, está co-relacionada pelas emoções humanas, pelo que, hoje é nossa missão e objectivo, a cartografia humana das emoções.

No últimos anos temo-nos dedicado a estudar o funcionamento das emoções humanas, como se desenvolvem e acima de tudo como se processam e que dados podemos extrair destas; objectivo, criar novos métodos, com base no conjunto de técnicas de imagiologia) de recolha de informação relativa às mesmas. Como tal, é nosso objectivo, assim como contributo científico e metodológico, trazermos ao mercado novos modelos de análise social e humana com rigor científico para o estudo de comportamentos de consumo e consumidores.

Redução de custos, tempo e número de amostras do universo em estudo e o aumento da eficácia e eficiência dos dados, diminuindo o parasitismo destas acima de tudo na opinião, esta como atrás referida com tendência para o engano, mentira e até mesmo em falsas memórias , é o objectivo que as neurociências com base nas técnicas objectivas pretendem trazer, de inovador, e em particular para as ciências económicas e consumo (marketing, gestão, design, arquitectura…).

Contudo, queremos sublinhar que: esta nova área : neurociências aplicadas ao consumo, por muitos confundida por neuromarketing, outros neurobusiness, não pretende induzir o consumidor a consumir este ou aquele produto, mas sim, e aqui pretendemos frisar e assumir a posição, queremos apenas analisar como é que este (o consumidor) interage com o produto, saber qual a opinião objectiva, saber “como o cérebro” (que tem como função agir) do consumidor age quando confrontado com um determinado produto e acima de tudo que padrões emocionais estão a ser desenvolvidos nesse mesmo momento.

É neste sentido que estamos focados no entendimento de soluções integradora de tecnologia que nos permitire recolher diferentes tipos de dados (multimodais) do mesmo sujeito face a um estimulo (produto), principalmente visual e/ou auditivo ou conjunto dos dois (audiovisual), não deixando de possibilitar a análise de um consumidor num espaço ou evento (lúdico, desportivo etc.) como já realizado em estudos anteriormente.

É a possibilidade de correlacionarmos dados e indicadores cognitivos de espectativas de consumo com a experiencia do mesmo que as neurociências poderão apoiar a tomada de decisão daqueles que têm esta como missão nas organizações empresariais e institucionais.

A titulo de síntese parafraseio as palavras de W. James que em 1980 afirma que: “O senso comum diz que ao perdermos nosso dinheiro ficamos chateados e então choramos; que ao encontrarmos um urso, nos amedrontarmos e corremos; que ao sermos insultados por um rival, sentimos raiva e atacamos, sendo que esta ordem sequencial está errada, que um dos estados mentais não é seguido imediatamente pelo outro, mas que as manifestações corporais devem interpor-se entre eles e que a colocação mais racional é dizer que nos sentimos chateados porque choramos, com raiva porque agredimos, assustados porque trememos.”

Vale a pena pensar nisto!

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